terça-feira, 17 de maio de 2011

Radio Jornalismo - Entrevista com Ricardo Pont Ferreira

Hoje tive o prazer de entrevistar o Chefe de Reportagem da Rádio Guaíba, Ricardo Pont Ferreira. Ricardo trabalha a onze anos na Rádio Guaíba, e a três anos é o chefe de reportagem. Na entrevista foram abordados assuntos variados de sua rotina na chefia de reportagem, dia a dia na rádio e possíveis caminhos que o rádio jornalismo poderá tomar.

Abaixo é possível verificar os principais pontos da entrevista;

Lucas -  Hoje estou aqui com o Ricardo Pont Ferreira, chefe de reportagem da Guaíba.
Para começar gostaria de perguntar quais os desafios que tu enfrenta na chefia de reportagem.

Ricardo – A principal função como chefe de reportagem é separar as pautas de acordo com o perfil de cada repórter, e lidar com todo tipo de imprevisto. Uma pauta que estava sendo trabalhada na parte da manhã se altera no período da tarde, em seguida a noite, e muitas vezes é colocada em segundo plano, pois surgiu algo de maior emergência para o momento.

Lucas – Como profissional experiente, tu passaste pelo processo de popularização da internet, que causou queda em todos os meios de comunicação. Quais são as principais mudanças que tu notaste dentro do rádio jornalismo para tentar manter-se mais próximo do público.

Ricardo – A maior mudança certamente foi dar mais dinamismo à equipe. Tiramos o “mofo”. O que nós fazemos basicamente é “desengessar” a noticia. Trabalhamos com o rádio em parceria com a internet. Uma noticia é dada no rádio de forma sucinta e no site o ouvinte encontra a matéria na integra.

Lucas – Atualmente qual a principal função tu julgas que o rádio jornal tem?

Ricardo – Acredito que o rádio jornal privilegia a prestação de serviço. Podemos por exemplo informar que foi prorrogada a vacinação para gripe suína, mas não existe a necessidade de informar todos os pontos onde ela pode ser encontrada. O simples fato de alertar que houve a prorrogação da vacina faz com que a pessoa busque essa informação.

Lucas – Qual a principal diferença do radio jornalismo para os demais meios de comunicação?

Ricardo – No rádio as pautas não são pensadas baseadas em imagens. Não existe a necessidade da exemplificação do que é dito com imagens como normalmente vemos na teve ou na internet.

Lucas – Tu acreditas então que a vantagem do rádio está na agilidade da noticia?

Ricardo – Exatamente, quanto mais curto e dinâmico é o boletim melhor. Mas é necessário ressaltar que sempre deve haver clareza na informação passada.

Lucas – Com o formato que o rádio jornal tem hoje, qual é o público que vocês tentam atingir?

Ricardo – Quem ouve rádio jornal é ainda o público com mais idade. E certamente isso ocorre por não haver interesse em grande parte desse público em migrar pra internet.

Lucas – O rádio é um meio que sempre deu a noticia quase no ato dos acontecimentos. Tu acreditas que no futuro, em decorrência do surgimento de outros meios de comunicação isso poderá mudar, até mesmo com a possível migração do rádio para internet.

Ricardo – É difícil precisar isso. Acredito que no futuro é bem provável que o rádio migre totalmente para a internet, tornando o rádio que temos hoje algo que somente fãs tentarão manter. Mas não vejo mudança com relação ao mediatismo. Hoje dificilmente alguém entra gravado (noticia gravada), isso acontece apenas quando uma notícia tem uma repercussão muito grande, sendo passada novamente em outro horário a noticia que se deu ao vivo. Mas acaba tornando-se comercialmente inviável trabalhar o rádio desta forma.

Apesar de muito ocupado, Ricardo foi extremamente prestativo e solidário em responder todas as perguntas, muitas vezes desajeitadas deste repórter "Especial".

Um abraço e até a Próxima,
Lucas.M Souza

Grupo Jornal

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